Alguém há de recolher o lixo!!!
Claro! Entendo perfeitamente, embora admita que todas as pessoas têm plena capacidade de recolher lixo, na falta desse profissional, caso isso fosse real.
Mas, no nosso mundo, na nossa realidade, os que ora estão na citada atividade o fazem por lhes terem restado essa opção. Até porque duvido muito que alguém tenha nascido disposto a ser lixeiro no futuro. Claro que não! Todos gostariam de se encaixar em atividades tidas como elitizadas, se isso lhes fosse possível.
Não obstante, porém, ao raciocínio acima, que versa sobre oportunidades, alguns indivíduos enveredam pelos esgostos das suas profissões, via de regra por não serem competentes em outras áreas de maior relevância nessas atividades.
É o caso dos políticos safados e marginais que, traindo todo seu eleitorado, reservam em cuecas e transações criminosas os milhões que resultam dessas trapaças.
Ou, mesmo, dos médicos que pouco se importam com os pacientes, com os engenheiros que se vendem pelos materiais mais baratos e inseguros das suas obras, enfim, de toda banda podre profissional que anda solta por aí.
Mas, falando da minha área, agora, nesse "military after time", a advocacia, vejo que a coisa fica muito pior e mais grave quando alguns beócios bacharelados duvidosamente partem para a defesa de marginais, ladrões sem vergonhas, traidores da nação, corruptos, desviadores do dinheiro público, principalmente quando o que se assiste de forma ampla é o descaso na saúde, educação e crianças morrendo de fome e de insegurança.
Esse papo de que se ama o direito penal é balela!!!!
Duvido que esses "portas de cadeia" não prefeririam estar às voltas com o direito elitizado, aquele para o qual se advoga com classe, retidão e alto profissionalismo, em vez de estarem convivendo cara a cara com a bandidagem sem escrúpulos.
Não há de se comparar um tributarista, por exemplo, com um porta de cadeias desses.
Assim, quando nas rodas de bate-papos ouço algum desses doentes se vangloriar em razão das suas "perícias" profissionais, olho firme nos olhos deles, lá dentro, e descubro rapidamente que são uns infelizes que, assim como ocorre em diversas outras áreas, não deram certo em nada.
Tivessem eles a plena consciência do que provoca em cascata um tráfico de drogas, um desvio do erário e outras imbecilidades de mesmo naipe, repensariam suas importâncias em deixar do lado de fora da masmorra seus protagonistas.
A psicologia pode, todavia, explicar um pouco disso tudo. A psiquiatria, de sua vez, elucida de vez essas "tendências profissionais", essas "vocações!
Do meu lado, porém, seria, com muito mais honra, um excelente lixeiro, caso não fosse competente andar na calçada limpa da profissão.