Afinal! Quem são os porcos?

Depois de despejar suas águas de insatisfação lá na TL do Reservaer, o Cel. Maciel, no auge dos seus 70 anos de passagem neste planeta resplandescente pelos raios solares e beleza lunar, continua freneticamente apontando o que considera os males da nova era pós governo militar, dizendo que a Constituição apelidada de "cidadã" seria obra de políticos malfeitores e descompromissados com um Brasil diferente.

Em outro post, outro setentão preocupa-se com as novelas do SBT e da Globo e do que estariam dizendo os que, assim como ele, são telespectadores de carteirinha dessas "obras de arte", acerca da mensagem presente em seus respectivos enredos sobre a questão do Araguaia, no mais evidente estilo dos policiais de ordem cubanos, alinhando-se em indignação achada intelectualizada com o coronel em referência.

O coronel, no entanto, em sua trilha de descontentamentos com a atual proa do Estado, deixou uma bola levantada para que outros cortassem com a maior violência, ao lançar o refrão do "se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão", numa inocência de fazer inveja a qualquer bebê de 4 ou 5 meses, como se desconhecesse ou jamais tivesse visto os incontáveis episódios na caserna sobre o mesmo tema, nos seus 30 e vários anos de busca da estrela do generalato.

O outro setenta "years old", Nathan, escravizado pelas determinações gastronômicas que o movem em seus artigos e comentários, lança o mais novo ingrediente, a farofa, para acompanhar o porco assado desse banquete de letras e palavras, sonhando que a figura do "negrinho" magro e mal vestido seja mantida apenas para assinalar a subserviência estabelecida até minutos antes da efetivação dessa Constituição combatida pelo coronel, rechaçando a figura ora representada pelo homem mais poderoso, por ora, do planeta, como exemplo de avanço de uma democracia em essência, livre dos impactantes arroubos ditatoriais de quem quer que seja.

Parecem não entender ambos, que não se deve "politicar", fazer jogo de bastidores, de pedir degolas e se fingir de bons garotos, quando públicos e notórios são os resultados dessa conduta que não deu e jamais dará certo.

O presente escrito, por exemplo, é exemplo dessa liberdade que, agrade ou não a alguns, leva as indignações ao conhecimento de quem quer que se interesse em saber, diferentemente daquele mundo eivado de sigilos autoritários que, ao final, implicavam encobrir condutas nefastas de maus militares, culminando, inclusive, em suas chacotas por intermédio do refrão anteriormente descrito.

Um certo quadro?

Não!

Todos os quadros!

Não há feio e nem bonito nessa parada!