SILÊNCIO..........................

Surpreendido pela trágica notícia do acidente do LET da NOAR em Recife, logo pela manhã, quando ainda estava procurando entender o porquê dos meus sonhos e sono, assaltou-me a pessimista possibilidade de que um ou todos meus amigos que lá voam (Décio, Vianna e Berlim) pudessem estar comprometidos pelo infortúnio.

Não se consegue estabelecer uma linha imediata de ação, no sentido de ligar para um ou para outro, até em virtude de certo receio em se confirmar o que não se espera.

Porém, são episódios para os quais deveríamos estar absolutamente preparados.

Mas, não estamos e jamais estaremos.

É um misto de alívio e consternação, ao saber que os amigos escaparam, porque o produto final, neste caso específico, diz respeito a um saldo negativo de 16 pessoas perdidas.

E, como bem disse um grande amigo em certa ocasião, não se perde pessoas. Perdem-se histórias!

Se os pilotos eram necessitados de continuarem voando na reserva (caso do Brig. Rivaldo), por motivos econômicos ou não, não vem ao caso.

Aliás, muitos dos que se atreveram embrenhar por essa teia de considerações certamente não conseguiram compreender muito bem até hoje o que é satisfação, na essência do seu significado.

Claro e evidente que a atividade, em sua tez de risco constante, não atrai para si somente os integralmente interessados em salários e outras benesses do tipo.

A chance de que o idealismo, o gosto por voar, a paixão pelo exercício profissional, sejam componentes possíveis de, até, suplantar a coisa do dinheiro pelo dinheiro existe.

Mas, como dizia anteriormente, tudo isso não vem ao caso, nem agora e nem adiante.

Nesse break, ora instituído no curso do nosso blog, gostaria de me postar totalmente enlutado em solidariedade aos filhos, esposas e amigos dos que faleceram nesse acidente.

Vários são os momentos. Cada um com suas peculiaridades.

Por ora, o profundo pesar pelas perdas.