Goleiro Bruno........

Acreditar no que não viu e nem vê é coisa de quem tem muita, mas muita mesmo, fé!!!!

Assim é como nos apresentam diversas questões, seja conosco ou com outras pessoas ligadas diretamente ao problema.

 

 

Quem nunca foi acusado de cometer algo reprovável?

 

 

As mães, no início, as namoradas, no meio, as esposas, no curso do casamento e os crentes xiitas radicais, no final das nossas vidas, acabam por nos acusar de milhões de coisas que, por vezes, não somos autores ou responsáveis.

 

 

Nessa onda, o goleiro do Flamengo, Bruno, foi sendo acusado daqui e dali de ter assassinado uma de suas tietes.

 

 

Bom!  Mas, como se chegou a tão conclusiva resposta?

 

 

O delegado do caso, o mesmo que afirmara ser um tal jornalista mineiro, tempos antes, assassino da sua esposa, foi quem afirmou que ele, Bruno, assassinara a tiete e que o executor dera aos cachorros os fragmentos do corpo da jovem.

 

 

Eis, pois, a questão!

 

 

Somos acusados, repito, a todo instante em que, cansados, entediados e revoltados com algo, explodimos, gritamos, falamos, reclamamos e agimos em defesa da nossa paz interna.

 

 

Quantos não foram acusados e julgados antecipadamente por aí?

 

 

A polícia civil de São Paulo, por exemplo, afirmou com todas as letras que o senhor japonês, diretor da Escola de Base, seria um estuprador cruel.

 

 

A escola, meu Deus, afundou e acabou, levando consigo a paz e o matrimônio decenal desse senhor, porquanto fossem inverídicas todas aquelas conclusões do tal inquérito policial.

 

 

Irmãos Naves e outros casos semelhantes ratificaram essa afobação em ter de se achar culpados dos crimes em geral.

 

 

Nós mesmos, no menos importante e resumido mundinho da TL do Reservaer, fomos alvos de julgamentos sem direito a defesas e contraditório, sendo expulsos a toque de caixa daquela seara.

 

 

Portanto, não vejo com bons olhos essas acusações, esses julgamentos antecipados, exercidos mormente por quem nada sabe de nada e se escora no manto da opinião pública que, burra ao extremo, acha que tudo sabe e que somente ela está salva perante o reino dos céus!

 

 

Vamos lá, com cuidado, para que não sejamos surpreendidos por achismos irresponsáveis, berrados aos nossos ouvidos por delegados, coronéis e brigadeiros, como esses do caso Bruno e da TL, ao mesmo tempo em que seja, sim, possível, esbarrarmos na impertinente e corajosa Eliza Samúdio numa dessas esquinas aí do Paraguai ou qualquer outro buraco deste continente que, por sinal, ainda mantém impune um Pimenta Neves ou um Cesare Battisti, ambos sem a menor dúvida de que são, realmente, assassinos frios.

 

 

Ou é tudo fruto de mera possibilidade ficcional?