quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Consumatum Est






Na presente data, tornou-se oficial minha saída do RESERVAER, em especial da Tribuna Livre (TL), por iniciativa dos seus gestores, provavelmente por acharem (dentro de mais um daqueles achismos que fiquei careca de assistir no meu tempo de ativa na FAB) que meus escritos agrediriam, de alguma maneira, pessoas e idéias.


Interessante tal atitude, porque versa exatamente o contrário daquilo em que tanto esses administradores do site, na situação ora especificada, quanto outras pessoas que se dizem modernamente adaptadas às condições hodiernas de democracia, pregam acerca de liberdade de opinião, mormente quando selecionam o termo "livre" para os seus empreendimentos.


De livre a TL do Reservaer mostra não ter nada, vez eivada de censuras infantilizadas pela síndrome de perseguições comunistas e de melindres a toda sorte.


A conduta desferida pelo gerenciamento do referido site somente ratifica o que eu, particularmente, já havia concluído sobre condutas de quem comanda dentro da Força Aérea Brasileira, instituição da qual posso tecer comentários por nela ter vivido todo o tempo de atividade até a passagem para reserva.


Falo em relação a decisões tomadas sempre com o escudo protetor da discricionariedade, dita em benefício da Administração, enfim, nunca com a paternidade declarada no devido documento conceptivo, como se estivéssemos diante de uma certidão de nascimento onde não constam os dados paternos.


O episódio, fechado em foco, remonta ao que se viu no chamado período de chumbo, no que diz respeito a tolir expressões, para o que, eufemisticamente, adotava-se o termo "censura".


A exclusão de qualquer participante, como a que ora é comentada, reproduz exemplo reduzido do que outrora ocorria no país, gerando no que gerou acerca de opiniões em geral sobre o governo militar.


Decidia-se, talvez em reuniões secretíssimas, o destino de terceiros, jogando-os aos efeitos da sentença resolvida nesses tribunais ocultos, sob o manto da certeza do anonimato.


Esse mesmo anonimato, ou seja, o mesmo modus operandi, é o que, hoje, se questiona veementemente no processo intitulado "abertura de arquivos".


Na verdade, não se está preocupado em identificar ou localizar desaparecidos.


O que se deseja, profundamente, pelo que posso perceber, é localizar, sim, os autores das barbáries, dos possíveis excessos, dos verdugos travestidos de militares, para que a sociedade possa tê-los expostos, como em quadros de fotografias daqueles vistos em restaurantes e outros locais públicos, separando-os, então, moralmente, do convívio social.


Há inocentes úteis, pseudo intelectuais, a serviço de uma administração que se comporta no clima de um Eduardo Gomes de calças curtas, construindo algo que não mais é possível se sustentar, vez seus alicerces estarem derrogados pela nova cultura democrática, viabilizada pelo sentimento constitucional despertado e materializado por meio do Diploma Magno de 1988.


Quem não aceita a nova condição, preferindo permanecer sob o manto mandatório do passado, em que as abusividades tinham o lacre dessa discricionariedade mal empregada, fatalmente fadará aos novos conceitos e, infelizmente, morrerá totalmente infeliz.


Eis, pois, minha manifestação de plena indignação quanto ao exílio forçado a que me submeteram, solto no ar, sem pai nem mãe, dada à insuficiência de publicidade do ato.


2 comentários:

Anônimo disse...

Dançou, até mais oab 171.

Anônimo disse...

Se livrou de um bando de velhos ridículos, broxas pra caralho, que não comem ninguém.